sábado, 18 de abril de 2009

Infecção do trato urinário

A infecção do trato urinário é a doença bacteriana mais comum nas mulheres.
Sabe aquela sensação de ardor ao urinar; desconforto em baixo ventre; cólica e aumento da frequência de micções ? Pode ser a manifestação desta infecção.
Esta doença pode evoluir para o comprometimento da bexiga e dos rins. Neste último caso, é acompanhada de febre, calafrios e dor lombar.
Sobre o surgimento desta patologia sabemos que o fator decisivo depende da interação entre os fatores de defesa do hospedeiro e a bactéria causadora desta doença. As mulheres, por terem o canal da urina mais curto, são mais predispostas a colonização bacteriana. E a maioria das bacterias responsáveis pelo desenvolvimento destas infecções fazem parte da flora perineal normal.
A Escheria coli é o agente patogênico mais comum. Outros: Enterobacter; Enterococcus; Proteus e Kleibsiella.
Aqui estão os principais fatores de risco:
1- Atividade Sexual: maior risco durante as 48 horas após o intercurso sexual.
2-Novo parceiro sexual no último ano.
3- Infecção urinária anterior.
3- Gestação: na gravidez ocorrem algumas alterações no aparelho urinário que predispõem a infecção urinária. É a infecção mais comum na gestante.
4- Idade: quanto maior a idade, maiores as chances de contrair infecção urinária. Isto ocorre devido a deficiência de estrogênio nas mulheres.
5-Diabetes
6-Corrimentos (vaginose bacteriana)
7-Uso rotineiro de antibióticos
Exames: urinaI ; urocultura.
Tratamento :A escolha do antibiótico, a dose e a duração do tratamento dependem do sítio da infecção e da presença ou ausência de fatores complicadores.


segunda-feira, 6 de abril de 2009

Tudo sobre os miomas uterinos


Os miomas ou leiomiomas são os tumores mais comuns do trato reprodutor feminino.
Sobre o surgimento desta doença, nem tudo está esclarecido.Trata-se de uma doença das mulheres em idade fértil sendo dependente da produção de estrogênios.
Estes tumores acometem o tecido muscular do útero . De acordo com sua localização são denominados: subserosos ( camada mais externa); intramural ( parede muscular) ou submucoso (cavidade uterina).

Estes miomas podem sofrer degenerações carcinomatosas que felizmente são muito raras e também, degenerações: gordurosa; calcificações ; hemorrágica etc.
O mioma cresce com o estímulo de estrogênio. Assim, mulheres obesas ou que nunca engravidaram por terem maior estímulo estrogenico tem maior chance de desenvolver miomatose. Já na menopausa com a falência ovariana, há declinio da produção dos estrogenios e consequentemente, diminuição ou desaparecimento do mioma.

Esta doença também apresenta um componente hereditário.

Quanto ao quadro clínico predomina:
-fluxo menstrual excessivo
-cólicas
-dor ou sensação de pressão pélvica
-aumento do volume abdominal
-abortamento
-dependendo do tamanho do mioma, ele pode comprimir a bexiga provocando dificuldades para urinar.
-infertilidade: se o mioma obstruir as trompas ou alterar o local de implantação do embrião.

Exames recomendados:
- Hemograma
-Ultra som transvaginal ou pélvico
-Ressonância magnética

A conduta terapêutica deve levar em conta:
- a idade da paciente;
-tipo e localização do mioma;
-intensidade dos sintomas;
-desejo de gestação

Tratamento clínico
Pode ser conservador, através do acompanhamento do mioma, neste caso só é possível se o mioma e pequeno e assintomático.
O medicamento mais eficaz para reduzir o tamanho do mioma é o análogo do GnRH ( Zoladex). Este medicamento provoca uma menopausa química e são vários os efeitos colaterais, os mais comuns são: fogachos ; secura; palpitações e queda de cabelo. Este medicamento tem resultado no máximo tingido em 12 semanas. Não é recomendado seu uso além de3 meses.
Também é comum o tratamento com anticoncepcionais orais contendo estrogênio e progesterona, ou progestágenos , o intuito é evitar o aumento do mioma e controlar o sangramento.
Pode ser também usado o DIU com progestageno.

Tramanto cirurgico
Aqui vou apenas citar os principais tratamentos através de cirurgia aberta:
-Miomectomia: principalmente quando a paciente deseja engravidar.
-Histerectomia total ( todo o útero é retirado)
-Histerectomia subtotal ( o corpo uterino é retirado mas, permanece o colo uterino)
No entanto, existem outras tecnicas como a videolaparoscopia e a embolização de artérias uterinas.



A seguir alguns cuidados pré e pós operatórios.